quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Transplante do Ninho para Caixa Racional


O Transplante do Ninho para Caixa Racional


Os troncos com ninhos, quando possível, devem ser levados para o meliponário. O deslocamento do ninho deve ser o mais suave possível e na posição em que se encontrava na natureza, isto é, geralmente vertical. Depois de 2-3 dias de instalado o tronco no meliponário, pode-se realizar a transferência do ninho. Isso porque as campeiras, durante esse período, já conseguem reconhecer o novo local do ninho. Cunhas, martelo ou mesmo um serrote elétrico podem ser usados para abrir o ninho, dependendo da espessura do tronco e se ele estiver em árvore morta ou viva. Depois de aberto o ninho, os favos devem ter a prioridade para serem transportados. Bolinhas ou mesmo pedaços de cerume devem ser colocados entre os favos para as abelhas circularem entre essas estruturas. A disposição dos favos deve ser a mesma de dentro do tronco. Os favos de cria gorados devem ser desprezados. A região dos favos é onde normalmente fica a rainha mãe, portanto, todo cuidado é pouco no manuseio dessas estruturas. Achando a rainha, separá-la com alguns pedaços de cerume numa placa de Petri, vidro ou mesmo um xícara transparente e só devolvê-la, na região dos favos de cria, após terminada a transferência. Somente os potes que estão fechados é que podem ser colocados no novo ninho. Os potes rompidos de pólen ou de mel atraem principalmente forídeos, mosquinhas que se multiplicam velozmente e que podem exterminar rapidamente o novo ninho. Os forídeos são muito comuns em ambientes úmidos. Na transferência, as operárias estão trabalhando na reorganização do ninho e os forídeos facilmente entram no ninho e botam ovos nos alimentos das abelhas (nos potes de pólen, sobre os favos de cria ou no depósito de dedritos). Em 2-3 dias o ninho estará infestado de larvas que comerão todo o alimento inclusive o alimento larval. Quando isso acontece, a inspeção deve ser diária para retirarmos, com espátula, todas as larvas de forídeos que andam pelo novo ninho. Se houver interesse em identificar os forídeos, guardar o material em álcool.
As transferências de ninhos são processos delicados em que o máximo de cuidado deve ser tomado para a rápida recuperação da colônia.

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